quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Diretora da OMS visitou o IMIP e elogiou empenho da instituição no atendimento de bebês com microcefalia


Diretora geral da OMS, Margareth Chan, visita o Recife (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press) 
Chan veste camisa da campanha 'Zika Zero' durante visita. 
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, realizou visita, na manhã desta quarta-feira (24), ao Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip) para acompanhar de perto as ações desenvolvidas no combate às doenças causadas pelo Aedes aegypti (dengue, chikungunya e o vírus da zika), e no tratamento dos casos de microcefalia. A sanitarista chegou à unidade com 40 minutos de atraso e comandou uma mini-conferência no local para exposição de dados sobre o tema.

Chan falou em inglês, sem tradutor. Disse que estava em Pernambuco para aprender sobre o problema. "É preciso aprofundar o estudo da relação da zika com a microcefalia. A zika é mistério. Ainda estamos tentando obter respostas. Precisamos comparar padrões. O Brasil tem pessoas competentes. Não tenho medo do mosquito. O trabalho tem sido excelente. Não é fácil. Faço um apelo à mídia: vamos trabalhar juntos", declarou.

A diretora também fez uma apresentação com tradução. Elogiou o trabalho realizado no Imip, falou da importância da transparência de dados no Brasil e afirmou que o governo agiu com coragem. "Não é fácil combater o problema, mas a gente pode. A cada dois anos há um ciclo de doenças ligadas ao mosquito. Vamos contar com a população e reduzir a população do Aedes aegypti. Se o Brasil se mobilizar, irá causar uma mobilização nos outros países da América Latina", ponderou.

A sanitarista ainda mandou mensagem para as mães com recém-nascidos vítimas da microcefalia. "Temos que pensar nas famílias. Vamos enfrentar este drama por muitos anos. Temos que entender como ajudar essas pessoas", encerrou. Integrante da comitiva da diretora da OMS, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, ressaltou a expectativa de que as vacinas desenvolvidas no Brasil fiquem prontas o mais breve possível. A estimativa é de que em três anos a do vírus da zika fique pronta e em dois a da dengue.

Castro destacou que é preciso engajamento de todos. "Há cidades que acabaram com o mosquito com uma ação conjunta entre governo e a população. Jaguaribe, no Ceará, é um exemplo. Se lá conseguiram, os outros municípios também podem", salientou.

Pernambuco é o estado com maior número de notificações de microcefalia. Segundo o último boletim divulgado na terça-feira pelo Ministério da Saúde, o estado conta com 1.601 notificações de suspeita, das quais 209 estão confirmadas e 1.188 continuam sob investigação.

Fonte: g1.globo.com/pernambuco

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