Armas foram apreendidas durante operação (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Os suspeitos de envolvimento no assalto ao banco Santander do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), no Recife, na última sexta-feira (1º), têm ligação com outros crimes acontecidos
no estado, como o assalto a um banco em Bonito, no Agreste, no dia 15 de
julho deste ano. Os detalhes da prisão foram divulgados pela polícia
nesta terça-feira (5), na sede Departamento de Repressão aos Crimes
Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Sul da capital.
Participaram do assalto ao Hope nove pessoas, sendo que um deles foi
morto durante a perseguição policial, outro fugiu, enquanto os outros
seis foram presos em flagrante ainda na sexta. Foram apreendidas quatro
armas, sendo dois revólveres 38 que os suspeitos tinham levado de
assaltos a banco.
Um dos suspeitos tinha fugido do presídio Aníbal Bruno, no Recife, e é o
único ainda procurado pela polícia. “Ele já era foragido do sistema
prisional do Sergipe. É procurado por sequestro, assaltos e homicídio
lá. Nós o prendemos em um assalto a banco no ano passado”, detalha o
delegado responsável pelo caso, Mauro Cabral.
O grupo estava com dois carros, sendo um deles roubado em maio, e uma
motocicleta. Com exceção de um integrante, todos os envolvidos no crime
já tinham ficha criminal. Além do assalto em Bonito, integrantes da
quadrilha são suspeitos de envolvimento com um assalto a um salão de
beleza no bairro da Torre, no Recife, em abril deste ano e outro a uma
empresa de ônibus em Olinda, onde um deles utilizou uma submetralhadora
na ação.
Detalhes do caso foram apresentados em coletiva de
imprensa nesta terça (5). (Foto: Katherine Coutinho/G1)
imprensa nesta terça (5). (Foto: Katherine Coutinho/G1)
Toda a ação no Hope durou de cinco a dez minutos, segundo a polícia. Um
dos suspeitos utilizou uma bata para entrar na unidade de saúde como se
fosse um profissional da área. Outros dois integrantes entraram logo em
seguida. Uma das características do grupo é a violência utilizada nas
ações. “Na última investida, no Hope, eles utilizaram de violência
psicológica contra o funcionário, dizendo que o matariam caso algo desse
errado”, detalha Cabral.
A utilização de fardamento é reincidente no grupo. Assim como a bata
utilizada no assalto ao Hope, eles usaram uniformes para assaltar a
empresa de ônibus em Olinda. “Eles eram organizados, procuram estudar o
ambiente para poder se adequar melhor a ele e poder ser melhor
sucedidos. O que percebemos é que eles são também muito bem armados”,
destaca o delegado.
Perseguição
Após o grupo sair do Hope, um dos suspeitos foi detido pela polícia.
Com informação de que se encontrariam em uma casa em Maria Farinha,
Paulista, onde um dos envolvidos era caseiro, a polícia se deslocou para
o local. “Estávamos em campana quando percebemos um carro em alta
velocidade. Iniciamos a perseguição, mas só conseguimos interceptá-los
na PE-22”, detalha o delegado.
No carro, estavam três suspeitos. Após troca de tiros, um dos suspeitos
foi baleado e acabou morrendo, enquanto outro conseguiu fugir e o
terceiro foi detido pela polícia. Outros seis envolvidos no crime foram
presos em Maria Farinha. “Conversamos com vizinhos e o dono da casa ia
muito pouco lá. Quem abriu a casa foi realmente o caseiro”, detalha
Cabral.
A polícia descarta o envolvimento de outros suspeitos no crime e segue
em busca apenas do nono integrante da quadrilha. Os suspeitos presos
foram encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.
Fonte: g1.globo.com
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