quarta-feira, 20 de abril de 2016

Nova lei tenta evitar fraudes em cursos de graduação no estado



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Norma que criou o Programa Educa Legal foi publicada no Diário Oficial. Faculdades devem informar a alunos se estão em situação legal no MEC. (Reprodução: Internet)

Todas as instituições de ensino de Pernambuco públicas e privadas  e que oferecem cursos de graduação deverão, obrigatoriamente, informar aos alunos se estão em situação regular no cadastro do Ministério da Educação (MEC). A medida integra a Lei 15.777, publicada nesta terça-feira (19) no Diário Oficial do estado, instituindo o Programa Educa Legal. A ideia é a primeira ação concreta decorrente das atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no ano passado, para investigar fraudes cometidas por faculdades. Deputados estaduais da comissão já fizeram uma lista com pelo menos 30 instituições responsáveis  por venda ilegal de cursos de extensão como se fossem de graduação. Essa prática prejudicou, de acordo com os parlamentares, mais de 20 mil alunos pernambucanos

A nova lei, sancionada pelo governador Paulo Câmara (PSB), é de autoria da deputada estadual Teresa Leitão (PT), relatora da CPI das Instituições de Ensino Superior. A norma determina que todas as instituições serão obrigadas a afixar cartazes de 30 centímetros por 30 centímetros, em local de grande visibilidade, informando que o aluno tem o direito de saber se o curso está validado pelo ministério. A legislação obriga as entidades a divulgar a seguinte redação: “Programa Legal PE – Verifique se sua instituição de ensino está regular junto ao MEC, através do site www.mec.gov.br”. Nos sites das instituições também deve constar a mesma frase, em local de grande visibilidade na página inicial. A nova lei tem prazo de 90 dias para ser regulamentada. Em caso de descumprimento, estão previstas penalidades de punição  para agentes públicos e multas, que vão de R$ 50 mil (primeiro autuação) a R$ 100 mil (em caso de reincidência).

Mecanismos
 
Em fase final dos trabalhos da CPI, Teresa Leitão ressalta que a nova lei será um importante mecanismo de prevenção e de apoio aos estudantes. Assim será possível evitar que mais pessoas sejam enganadas. “Estamos fazendo um alerta. Temos casos registrados na comissão em que  as faculdades emitem esses certificados de cursos de extensão e levam o aluno a pagar mais para transformar em diploma de graduação”, comenta. Teresa Leitão também acredita que a medida será fundamental para assegurar a qualidade dos profissionais para o futuro do mercado. “Os conselhos regionais de psicologia, educação física e administração já não estão aceitando registro de estudantes de algumas faculdades. Isso é muito ruim. Temos que evitar que essas pessoas façam cursos rápidos e sem a carga horária adequada e entrem no mercado de trabalho sem qualificação”, alertou.

Depois da publicação da lei, A CPI das Faculdades planeja  novas ações. A ideia é trazer para Pernambuco representantes do MEC e de conselhos de educação para construir uma saída para os estudantes prejudicados. Também está na pauta o plano de  ampliar a investigação do esquema de fraude envolvendo as graduações. “Nossa proposta é criar uma comissão mista no Congresso Nacional, reunindo deputados e senadores, para debater e apontar os problemas em todo o Brasil. Até porque  muitas dessas instituições de ensino são franquias”, comentou.

Fonte: www.avozdavitoria.com

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