
A Avianca até então era a quarta empresa do setor no País.
(Reprodução: Internet)
A Avianca Brasil, empresa em recuperação judicial desde dezembro, deixa de operar em Pernambuco a partir desta segunda-feira (29). Na capital pernambucana, a loja no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes
- Gilberto Freyre não funciona e, nos guichês de check-in, alguns
funcionários orientam os passageiros que iriam viajar pela companhia.
Ao todo, 22 voos estavam previstos para esta segunda com embarque ou
desembarque no Recife e em Petrolina. Todos foram cancelados. No balcão
de check-in, dois funcionários atendiam os passageiros e explicavam que
idosos, gestantes e crianças são prioridades na lista de espera por voos
de outras companhias. A lista depende da disponibilidade de assentos
nos aviões.
Mesmo com a companhia não tendo mais voos chegando ou saindo da capital
pernambucana, passageiros que já tinham passagens compradas seguiram
para o Aeroporto no Recife para tentar viajar por outras companhias.
Os transtornos já eram vivenciados desde a última semana na capital pernambucana. Vários passageiros tiveram os voos cancelados e chegaram a dormir no aeroporto, aguardando notícias sobre a realocação para outras companhias.
Durante essa espera por informações a respeito dos voos, a companhia
precisa oferecer os serviços a que os passageiros têm direito, de acordo
com a resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir de duas horas de espera, os passageiros têm direito a
alimentação. Depois de quatro horas, quem aguarda os voos passa, também,
a ter direito a hospedagem e traslado.
Em nota, a Avianca informou que "manterá o atendimento nas bases que não possuem mais voos para acomodação dos passageiros".
Orientação
Para quem comprou passagens da companhia para viajar, a orientação do Procon Pernambuco é pedir reembolso ou comparecer ao aeroporto para tentar a realocação
para voos de outras empresas. Para tentar embarcar por outra empresa, é
preciso ir apenas no dia que estava marcado para o voo, alerta o Procon.
“A empresa está orientado que a pessoa compareça ao aeroporto no mesmo
dia da passagem para tentarmos realocar. Isso só pode ser feito depois
que as outras companhias encerrarem o processo de check-in. Existe um
acordo internacional, mas depende do número de assentos disponíveis. Com
isso, vamos conseguir relocar essas pessoas”, afirma a
secretária-executiva de direitos do consumidor do Procon Pernambuco,
Mariana Pontual.
No caso de passagens compradas de ida e volta pela Avianca, é preciso
ter ainda mais atenção. “Talvez seja o caso de pedir reembolso. A pessoa
pode conseguir embarcar, mas ter dificuldades para retornar”, afirma
Mariana. O pedido de reembolso, explica, pode ser pedido a qualquer
momento pelo cliente.
Caso a pessoa tenha comprado as passagens via site, telefone ou lojas
da empresa, a Avianca informa que entrará em contato para oferecer
reembolso ou opções de reacomodação. Para quem comprou as passagens via
agências e sites de viagem, a Avianca orienta o passageiro a entrar em
contato diretamente com estas empresas.
Problemas na Avianca
Obrigada a devolver aviões por falta de pagamento, a Avianca Brasil passa a ter, a partir desta segunda (29), quase o mesmo número de voos de quando havia começado a fazer voos regulares.
Serão 37 voos em média a partir desta semana, contra 36 voos diários em
2003, ano em que a companhia, ainda sob o nome de Ocean Air, recebeu
autorização para operar, aponta levantamento do G1 com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Para os consumidores, o risco é de haver aumento no valor das passagens. Para as empresas do setor, o desafio é dar conta de atender a demanda
de viajantes que será herdada da quarta maior companhia do país.
Fonte: g1.globo.com/pe/pernambuco
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