segunda-feira, 29 de abril de 2019

Avianca anuncia fim das atividades no Recife e passageiros enfrentam fila para viajar por outras empresas



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A Avianca até então era a quarta empresa do setor no País. 
(Reprodução: Internet)

A Avianca Brasil, empresa em recuperação judicial desde dezembro, deixa de operar em Pernambuco a partir desta segunda-feira (29). Na capital pernambucana, a loja no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre não funciona e, nos guichês de check-in, alguns funcionários orientam os passageiros que iriam viajar pela companhia.

Ao todo, 22 voos estavam previstos para esta segunda com embarque ou desembarque no Recife e em Petrolina. Todos foram cancelados. No balcão de check-in, dois funcionários atendiam os passageiros e explicavam que idosos, gestantes e crianças são prioridades na lista de espera por voos de outras companhias. A lista depende da disponibilidade de assentos nos aviões. 

Mesmo com a companhia não tendo mais voos chegando ou saindo da capital pernambucana, passageiros que já tinham passagens compradas seguiram para o Aeroporto no Recife para tentar viajar por outras companhias.
 
Os transtornos já eram vivenciados desde a última semana na capital pernambucana. Vários passageiros tiveram os voos cancelados e chegaram a dormir no aeroporto, aguardando notícias sobre a realocação para outras companhias. 

Durante essa espera por informações a respeito dos voos, a companhia precisa oferecer os serviços a que os passageiros têm direito, de acordo com a resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir de duas horas de espera, os passageiros têm direito a alimentação. Depois de quatro horas, quem aguarda os voos passa, também, a ter direito a hospedagem e traslado.

Em nota, a Avianca informou que "manterá o atendimento nas bases que não possuem mais voos para acomodação dos passageiros".

Orientação

Para quem comprou passagens da companhia para viajar, a orientação do Procon Pernambuco é pedir reembolso ou comparecer ao aeroporto para tentar a realocação para voos de outras empresas. Para tentar embarcar por outra empresa, é preciso ir apenas no dia que estava marcado para o voo, alerta o Procon.

“A empresa está orientado que a pessoa compareça ao aeroporto no mesmo dia da passagem para tentarmos realocar. Isso só pode ser feito depois que as outras companhias encerrarem o processo de check-in. Existe um acordo internacional, mas depende do número de assentos disponíveis. Com isso, vamos conseguir relocar essas pessoas”, afirma a secretária-executiva de direitos do consumidor do Procon Pernambuco, Mariana Pontual.

No caso de passagens compradas de ida e volta pela Avianca, é preciso ter ainda mais atenção. “Talvez seja o caso de pedir reembolso. A pessoa pode conseguir embarcar, mas ter dificuldades para retornar”, afirma Mariana. O pedido de reembolso, explica, pode ser pedido a qualquer momento pelo cliente.
 
Caso a pessoa tenha comprado as passagens via site, telefone ou lojas da empresa, a Avianca informa que entrará em contato para oferecer reembolso ou opções de reacomodação. Para quem comprou as passagens via agências e sites de viagem, a Avianca orienta o passageiro a entrar em contato diretamente com estas empresas.

Problemas na Avianca

Obrigada a devolver aviões por falta de pagamento, a Avianca Brasil passa a ter, a partir desta segunda (29), quase o mesmo número de voos de quando havia começado a fazer voos regulares. 

Serão 37 voos em média a partir desta semana, contra 36 voos diários em 2003, ano em que a companhia, ainda sob o nome de Ocean Air, recebeu autorização para operar, aponta levantamento do G1 com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Para os consumidores, o risco é de haver aumento no valor das passagens. Para as empresas do setor, o desafio é dar conta de atender a demanda de viajantes que será herdada da quarta maior companhia do país.
 
 Fonte: g1.globo.com/pe/pernambuco

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