terça-feira, 24 de julho de 2012

Apesar de decisão judicial, policiais continuam em greve


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Mesmo com a greve, o atendimento na Delegacia de Plantão de Paulista continua funcionando

Depois de algumas horas da greve dos policiais civis, na noite dessa segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) considerou a ilegalidade da paralisação, determinando a volta dos profissionais ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 20 mil a ser paga pelo sindicato que representa a categoria, o Sinpol. Apesar da pressão, os policiais devem continuar de braços cruzados, no mínimo, até a próxima quinta-feira (26).

"Não fomos notificados ainda. Depois que formos, vamos entrar com um recurso contra essa decisão", afirmou o vice-presidente do Sinpol, Edson Fernandes. De qualquer forma, segundo Fernandes, o fim da paralisação só pode acontecer através de votação em assembleia.

A próxima reunião dos policiais civis está marcada para a quinta-feira, às 17h, na sede do Sinpol, que fica na Rua Frei Cassimiro, 179, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Até lá, a greve continua. "E, mesmo com a assembleia, se a categoria deliberar pela continuidade, vamos ficar parados", disse o vice-presidente do Sinpol.

Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 65%, adicional noturno, horas-extras, vale-refeição e melhorias de locais de trabalho e equipamentos de segurança, como coletes à prova de bala, entre outras medidas. Eles pedem que o salário em Pernambuco seja o segundo melhor do País e primeiro lugar no Nordeste, passando o inicial de Sergipe, que é de R$ 4150.

O governador Eduardo Campos afirmou, nessa segunda-feira, que seria impossível conceder qualquer reajuste salarial à categoria, já que um acordo já foi feito em 2011, prevendo 47,34% até 2014.
Eduardo Campos disse ainda que a paralisação não acontece pela pauta de reivindicações mas por questões políticas. Em nota no site, o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, negou: "Henrique Leite, que é candidato a vereador do Recife,  está afastado do cargo de secretário geral do sindicato."

O Estado alegou, para pedir a ilegalidade da mobilização, que a greve deflagrada pelos policiais civis causa gravíssimos prejuízos à sociedade pernambucana, além de violar a Constituição Federal e a jurisprudência dos tribunais.

Fonte: ne10.uol.com.br

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