Desde o início da greve, pacientes não recebem medicamentos na Farmácia de Pernambuco.
(Foto: Clarissa Siqueira/Rádio Jornal)
Os pacientes que dependem de medicamentos fornecidos pelo Governo de
Pernambuco continuam sem poder pegá-los na Farmácia do Estado, na Praça
Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista, área central do Recife. Os 110
funcionários terceirizados da empresa Adlim estão de braços cruzados
contra o atraso do salário, vale-transporte e tíquete alimentação do mês
de julho, desde a segunda-feira (24).
Centenas de pacientes estão sendo prejudicados pela greve. O
motorista Adiel Constantino, 47 anos, é um dos que está preocupado com a
situação. Seu filho de 20 anos é diabético e precisa tomar insulina
duas vezes ao dia, entre outros remédios.
"Recebemos [a medicação] através de ordem judicial, porque esta
insulina não existe em qualquer farmácia e é muito cara. Uma ampola que
dura cerca de 15 dias custa quase R$ 100", explica.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de
Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic), Edmilson Araújo, que
representa a categoria, até agora, nem o governo nem a empresa se
pronunciaram, nem deram previsão para o pagamento. "Os funcionários
dizem que só voltam [a trabalhar] quando o pagamento sair", afirma.
O sindicato patronal teria informado aos funcionários que o Governo
do Estado deve R$ 200 milhões às empresas terceirizadas
contratadas. Perguntada sobre as informações, a Secretaria Estadual de
Saúde (SES) respondeu por meio de nota-padrão, em que dizia estar se
esforçando para regularizar os repasses às empresas terceirizadas.
Confira na íntegra:
"A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa que não tem
medido esforços para regularizar os repasses às empresas terceirizadas
que prestam serviço à rede estadual e vem mantendo diálogo com os
servidores para que a situação seja resolvida de forma responsável, sem
prejudicar os usuários do Sistema Único de Saúde."
Fonte: noticias.ne10.uol.com.br
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