quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Após cenas de guerra, clima volta a ficar tranquilo na Refinaria Abreu e Lima


Expectativa é que pelo menos 800 levem trabalhadores para a refinaria na manhã desta quinta / Foto: Adriana Guarda/JC 
Expectativa é que pelo menos 800 levem trabalhadores 
para a refinaria na manhã desta quinta

Diferentemente do que ocorreu na última quarta-feira (8), quando a Refinaria Abreu e Lima virou uma praça de guerra entre trabalhadores revoltados e policiais, o clima na manhã desta quinta-feira (9) é de tranquilidade no local. Vários policiais do Batalhão de Choque foram até a Refinaria, em Suape, logo no início da manhã (chegaram por volta das 4h30), para evitar que novos atos de vandalismo acontecessem. Ontem, sete ônibus foram incendiados pelos manifestantes revoltados com a negociação envolvendo o patronato e o sindicato da categoria. Algumas pessoas ficaram feridas e outras foram detidas por provocar o tumulto.
Um helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) também está no local, para qualquer eventualidade. A expectativa era que pelo menos 800 ônibus fossem até o Complexo de Suape para deixar os trabalhadores em seus locais de trabalho, mas o número ficou bem abaixo do esperado. Vários trabalhadores começaram a ser liberados e só devem voltar na segunda-feira (13). De acordo com informações em Suape, os trabalhadores não compareceram porque os rodoviários ficaram com medo de levá-los, temendo mais atos de vandalismo.

A confusão de ontem aconteceu porque a categoria não aceita o reajuste salarial de 10,5% proposto pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintepav). Vários ônibus foram queimados. Além disso, a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que ordenou que os dias parados por conta da greve fossem descontados. A polícia precisou atirar balas de borracha contra os manifestantes.

A situação ocorrida na quarta-feira, com um palco de guerra em vez de trabalho, expõe, mais uma vez, a fragilidade da liderança do Sintepav em Pernambuco. Diante do confronto, as empresas decidiram mandar os funcionários para casa. Hoje, o Sintepav não vai voltar ao canteiro e deixou para cada trabalhador a decisão de encerrar a greve ou arcar com demissões.

Com o racha violento na categoria, o Sindicato Nacional das Empresas de Construção Pesada (Sinicon) resolveu conclamar os operários decididos a cumprir a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e encerrar a greve, iniciada desde o último dia 1º e julgada ilegal.

Para tanto, solicitaram oficialmente à Secretaria de Defesa Social (SDS) reforço na segurança. “É uma convocatória para os pais de família, para aqueles que não concordam com vandalismo, com essa barbárie. Não fiquem passivos, assumam seus postos de trabalho”, fez o apelo a advogada da entidade, Margareth Rubem.

Fonte: jconline.ne10.uol.com.br
 

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