Operação padrão continua no aeroporto do Recife
Os policiais federais em Pernambuco decidiram intensificar o movimento
grevista a partir desta quinta-feira (16), após uma reunião realizada na
quarta (15) no Ministério do Planejamento. De acordo com o presidente
do Sindicato dos Policiais Federais do Estado (Sinpef-PE), Marcelo
Pires, nenhuma proposta foi apresentada na reunião e foi remarcado um
novo encontro para a próxima terça (21), em Brasília. “Diante dessa
procrastinação injustificada do governo, prometendo que nos apresentaria
uma proposta e nos faltando, casou grande indignação entre os
policiais, agentes, escrivães e papiloscopistas”, disse Pires.
Com a falta de negociação, os policiais restringiram a emissão de
passaporte. Está suspensa a solicitação ou renovação do documento. Só
será possível tirar o passaporte em caso de doença, quando o passageiro
comprovar com um atestado médico que precisa viajar para fazer um
tratamento. Quem já solicitou o passaporte e tem passagem marcada para
até o dia 21 deste mês vai poder pegar o documento, independente do
motivo da viagem. Apenas três policiais federais trabalham no aeroporto,
quando o normal seriam 16. “O governo pediu para levantar a greve para a
reunião de ontem [quarta]. Não havia como levantar porque não tinha
posição, mas demos uma trégua na operação padrão, relaxamos a expedição
de passaporte e passamos a liberar 30 passaportes pela manhã e 30 à
tarde, quando a demanda é de 200 a 250 por dia”, explicou o presidente
do sindicato.
Marcelo Pires ainda reforçou que como não foi colocada uma proposta na
reunião da quarta, os agentes voltaram a operação padrão da greve
assumida desde o dia 7 de agosto. “Atendimento zero para serviço de
estrangeiro como visto para viagem, operações policiais canceladas,
investigações não estão sendo realizadas e o atendimento ao público
vedado. Os serviços essenciais como prisão em flagrante e as requisições
judiciais para oitivas de presos em processo que estão tramitando na
Justiça estão sendo mantidos com 30% do efetivo, conforme a lei
trabalhista determina”, informou.
Fonte: g1.globo.com
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