Paleontólogo da UFPE identificou osso como parte do fêmur de uma preguiça gigante.
(Foto: Davi Figueiredo/Divulgação)
Um trabalho de levantamento topográfico de um terreno em Caruaru, no
Agreste pernambucano, resultou na descoberta de um tanque de fósseis no
povoado de Rafael, a cerca de 6km do centro da cidade e a apenas 800
metros do perímetro urbano. À primeira vista, tratam-se de ossos de
animais do pleistoceno, período pré-histórico ocorrido entre 1,8 milhão e
10 mil anos atrás, caracterizado pela presença de mamíferos gigantes,
que formam a megafauna.
Os fósseis coletados pelo topógrafo Davi Figueiredo estavam na
superfície e chegaram a ser confundidos com pedras por outros
trabalhadores. “As pessoas não fazem ideia de que esse material é um
osso incrustado em rocha e tem valor”, comenta o topógrafo, que guardou
três amostras para posterior análise por um paleontólogo.
Ele denuncia que o material corre o risco de ser destruído, pois está
sendo usado para tapar os buracos da estrada por onde os carros passam.
“Acredito que as escolas deveriam ter algumas amostras de fósseis para
ensinar os alunos a reconhecer esse tipo de material, que tem tanta
importância científica”, comentou. Exceto as três peças que guardou
consigo, Davi Figueiredo entregou o material ao proprietário da terra.
“Se escavarem o local, vão encontrar muitos ossos lá”, avisa.
Segundo o palentólogo Edison Vicente, da Universidade Federal de
Pernambuco, um dos ossos é um fragmento da extremidade distal de um
fêmur de preguiça gigante, da espécie Eremotherium laurillardi. Esta
preguiça, de hábitos terrestres, parente do atual bicho-preguiça, chegou
a alcançar mais de cinco metros de comprimento. Os mamíferos gigantes
foram imortalizados no filme A Era do Gelo porque, no fim do
pleistoceno, houve um grande evento glacial.
Fonte: jconline.ne10.uol.com.br
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