Edilson Silva (PSOL) está em seu primeiro mandato como deputado estadual.
(Reprodução: Internet)
A não apresentação, por parte do PSB, de
um nome para se confrontar ao do deputado estadual Guilherme Uchôa
(PDT), na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe), repercutiu de forma diversa no bloco de oposição.
Liderados pelo PTB, metade do bloco oposicionista mantém a tese de que
Uchôa reeleito, mesmo reconduzido com o aval da bancada governista,
assumirá uma postura distinta dos mandatos passados em relação ao
Palácio do Campo das Princesas. Em contrapartida, o deputado eleito
Edilson Silva, do PSOL, pensa o contrário e reforça a necessidade de uma
candidatura de oposição, colocando seu nome à disposição.
“O cenário que falávamos, de que existia
um teatro por parte do PSB, se confirmou (com a decisão do partido de
não apresentar um nome, a partir da reunião de ontem). Aumenta a minha
disposição de lançar uma candidatura. Não dá para bater o martelo,
porque não depende só de mim. Mas vou defender isso no partido”, afirmou
Edilson. Único candidato declarado até o momento, Uchôa se movimenta
entre os pares para conseguir o seu quinto mandato consecutivo, fato que
já virou polêmica. A Ordem dos Advogados do Brasil-PE argumenta ser
inconstitucional a sua reeleição.
Ainda cauteloso, o líder da oposição,
Sílvio Costa Filho (PTB), disse que prefere aguardar uma “manifestação
oficial” do PSB sobre a eleição da Mesa Diretora. “Há uma tendência de
Guilherme ter o apoio da maioria da oposição, mas isso vai se definir na
reunião da próxima semana”, afirmou. Ele, no entanto, ponderou que os
partidos do bloco devem ser “liberados” para votar como pensam, por se
tratar de um assunto interno do legislativo. Independente de quem cada
um deposite seu voto, o bloco vai apresentar uma agenda ao novo
presidente da Casa Joaquim Nabuco, provocando-o a firmar compromissos
com a proporcionalidade nas comissões, chamar mais concursados, ampliar o
diálogo com a sociedade civil etc.
No bastidor, os oposicionistas pró-Uchôa
alegam que, caso o atual presente seja reeleito, o próximo mandato não
será uma vitória do Palácio, mas um mérito pessoal do próprio deputado.
Edilson Silva pensa de forma contrária. Para ele, a tese de que Uchôa
teria uma postura de independência e até se afinaria à oposição cai por
terra no momento em que ele recebe o apoio do Palácio na disputa pela
reeleição.
Fonte: www.avozdavitoria.com
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