Enterro foi acompanhado por milhares de pessoas
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
O enterro dos três conselheiros
tutelares e da professora aposentada assassinados na noite da última
sexta-feira (6), em Poção, no Agreste do Estado, foi marcado pelo clima
de comoção. Milhares de pessoas acompanharam o cortejo de perto e as
ruas da cidade ficaram lotadas. Conselheiros tutelares de outros
municípios, além do governador Paulo Câmara (PSB) também participaram do
sepultamento.
Os caixões das vítimas da chacina foram
conduzidos até o cemitério da cidade em quatro carros. A todo o momento,
a população, bastante comovida, aplaudia o cortejo, como uma forma de
homenagear as vítimas da tragédia. O secretário de Defesa Social,
Alessandro Carvalho, e o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e
Juventude, Isaltino Nascimento estiveram no enterro junto com o
governador.
Visivelmente emocionado, o pai do
conselheiro tutelar Lindemberg Vasconcelos, o aposentado Luiz França,
afirmou esperar que o empenho prometido na resolução do caso seja
cumprido. "Espero que não tenha sido apenas no calor do momento, e que
sejam tomadas todas as providências necessárias para que os responsáveis
sejam presos e paguem pelo que fizeram", explicou. "Toda a cidade está
sentindo muito o que aconteceu. A comoção foi além de Poção", completou
Luiz França.
Assim como no dia anterior, conselheiros
tutelares de várias parte do Estado foram até a cidade neste domingo
(8) para acompanhar o enterro. O grupo agendou um ato ecumênico para a
próxima quinta-feira (12) na Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE). Além de lembrar os colegas assassinados, a reunião tem o
objetivo de discutir as reivindicações da categoria e elaborar um
documento para cobrar do Estado melhores condições de trabalho.
Em entrevista ao Jornal do Comércio,
o governador Paulo Câmara (PSB) garantiu que todas as medidas
necessárias serão tomadas para que os conselheiros tutelares possam
exercer suas funções com segurança. "Os conselheiros tutelares exercem
uma função muito importante porque são funcionários públicos que
trabalham em favor da coletividade. Nós vamos, como Estado, garantir as
condições necessárias para que esses profissionais possam cumprir suas
funções com segurança", afirmou o governador.
Fonte: jconline.ne10.uol.com.br
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