A exatamente um mês, os três conselheiros tutelares foram assassinados brutalmente em Poção, no agreste. (Reprodução: Internet)
Levantamento preliminar do Fórum Nacional de Conselheiros Tutelares revelou
que três profissionais de Pernambuco convivem com ameaças de mortes por
conta do exercício da profissão. O estudo começou a ser realizado há
três semanas após a chacina no município de Poção, no Agreste do Estado,
que deixou três conselheiros e uma idosa mortos. Nesta sexta-feira (6)
haverá ato ecumênico em homenagem às vítimas.
De acordo com o presidente do fórum, Geraldo Nóbrega, dois
profissionais ameaçados vivem no Agreste e outro na Mata Norte. As
identidades deles e os municípios são mantidos em sigilo. Ele acredita,
no entanto, que o número de conselheiros que correm riscos é maior. “Já
solicitamos à Secretaria de Direitos Humanos proteção para um deles. No
caso dos outros dois, estamos conversando com os profissionais para
saber se eles querem a proteção”, disse Nóbrega.
As ameaças de morte estão relacionadas a denúncias e representações
perante a Justiça feitas pelos conselheiros tutelares. Nesta sexta-feira
pela manhã também haverá seminário estadual sobre o exercício da
profissional, no Centro de Convenções, em Olinda. À tarde serão
realizadas oficinas.
O crime
Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, 53, Carmem Lúcia da Silva, 37, e
José Daniel Farias de Monteiro, 32, foram executados a tiros dentro do
carro quando voltavam para o Sítio Cafundó, em Poção, com uma criança de
dois anos e a avó materna dela. A menina estava na casa do pai e da avó
paterna, em Arcoverde.
A Polícia Civil acredita que o crime está relacionado à disputa
familiar pela guarda da criança. A avó paterna, a oficial de Justiça
Bernadete Siqueira de Britto Rocha, e o filho dela, José Cláudio de
Britto Siqueira Filho, 32, estão presos há uma semana. A mulher ainda é
acusada de envenenar e matar a ex-nora e mãe da menina, Jucy Venâncio,
em 2012.
Fonte: www.avozdavitoria.com
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