Augusto Cury é um dos convidados a participar do evento.
(Reprodução: Internet)
Em um ano de poucas novidades
literárias e de redução de investimentos na Cultura como um todo, não deixa de
ser surpreendente o surgimento de um evento do porte da Feira Nordestina do
Livro (Fenelivro), que anunciou ontem a sua programação de mesas e lançamentos.
Com dez dias de atividades, 4 mil metros quadrados de área de estandes e
debates e mais de 200 nomes convidados, a festa realizada pela Companhia
Editora de Pernambuco (Cepe) e pela Andelivros, em parceria com prefeituras
municipais, traz para Pernambuco autores internacionais e nacionais de vários
formatos e vozes como o angolano José Eduardo Agualusa, a espanhola Ines Miret
e os brasileiros Augusto Cury, Ana Miranda e Antônio Torres.
Nesta primeira edição, no
Centro de Convenções, o evento debate o tema O Livro do Futuro, o Futuro do
Livro, sempre com destaque também para as potencialidades da região. As
atividades são todas gratuitas. “Temos autores internacionais e também de todos
os estados do Nordeste para refletir sobre a realidade da nossa região e sobre
o processo de criação, distribuição e fruição da leitura”, explica Evaldo
Costa, jornalista e curador do evento. Dois autores são homenageados: o Louro
do Pajeú, Lourival Batista (1915-1992), e o historiador Evaldo Cabral de Mello,
eleito neste ano para a Academia Brasileira de Letras.
O festival é uma das
iniciativas para celebrar os 100 anos do surgimento da Imprensa Oficial em
Pernambuco. Em tempos de crise, a maior parte dos recursos do evento, orçado em
R$ 1,5 milhão, vêm do próprio caixa da Cepe, que opera com superávit. “Em pouco
mais de dois meses, organizamos o evento e tivemos até que aumentar a área de
estandes para livreiros e editoras”, aponta Ricardo Leitão, presidente da
empresa.
Segundo Alventino Filho,
presidente da Andelivros, a previsão é de movimentar mais de R$ 2,5 milhões em
vendas nos mais de 200 estandes, com mais de 150 mil pessoas circulando pelos
corredores da Fenelivro.
O evento começa na sexta com
uma abertura para convidados e um show do grupo SaGrama. No restante dos dias,
um dos destaque é a realização das Noites do Nordeste, com autores de cada um
dos Estados se juntando para conversar sobre a produção da região – para
representar Pernambuco, Marcelino Freire vai comparecer. Por lá também
acontecem os primeiros lançamentos no Recife de muitas obras, como a de Ariano
Suassuna em Quadrinhos, de Bruno Gaudêncio, ou Presas Que Menstruam, de Nana
Queiroz, e Quem Foi Que Inventou o Brasil – A Música Popular Conta a História,
do ex-ministro da Comunicação Franklin Martins. As atividades se dividem entre
três espaços principais: a Sala Ariano Suassuna, a Sala Deborah Brennand e o
café Alberto da Cunha Melo.
Fonte: jconline.ne10.uol.com.br
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