O zika vírus é transmitido pelo mosquito aedes aegypti.
(Reprodução: Internet)
Um britânico que se contaminou
com zika em uma viagem às ilhas Cook demonstrou evidências de que o vírus,
transmitido pelo mosquito, permaneceu em seu sêmen ao longo de dois meses,
informaram funcionários de saúde nesta sexta-feira (12).
A descoberta levanta novas
interrogações às autoridades sanitárias, que estão lutando por conhecer tudo o
possível sobre o zika, aparentemente vinculado ao surto de bebês com
microcefalia no Brasil, e um possível risco de transmissão sexual.
Este caso em particular foi
detectado em um homem de 68 anos, que se contaminou com o vírus em 2014 durante
uma viagem. Ele teve febre, fraqueza e erupções quando retornou à Grã-Bretanha,
onde foi diagnosticado com zika.
Embora os sintomas do vírus
zika frequentemente sejam leves e desapareçam em uma semana, o vírus foi
encontrado em amostras de sêmen colhidas 27 e 62 dias depois da infecção
inicial no homem, destacou um informe da Public Health England (entidade de
saúde pública da Inglaterra) e publicado on-line pela revista dos Centros de
Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas Emergentes.
"Nossos dados podem
indicar a presença prolongada do vírus no sêmen, o que por sua vez poderia
indicar um potencial prolongado para uma transmissão sexual", disse. Em uma reunião em Washington
da Associação Americana para o Avanço da Ciência, o diretor do Instituto
Americano de Alergias e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, disse que ainda há
muito a se pesquisar para saber quanto tempo o zika pode persistir no sêmen do
homem.
Com o ebola, que vem da mesma
família do zika, a pesquisa sobre a permanência no sêmen mostrou que o vírus
poderia durar até nove meses em alguns homens. Fauci explicou que os estudos
permitirão determinar quanto tempo os homens terão que se abster de sexo ou
usar preservativos após um contágio por zika.
Os Centros para o Controle e a
Prevenção de Doenças (CDC) pediram à população que viaja ou retorne de países
afetados que se abstenha de fazer sexo ou use preservativos.
Fonte: www.folhape.com.br
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