segunda-feira, 29 de maio de 2017

Pernambucano Gilberto Gomes Barbosa é o leigo mais influente do mundo na hierarquia da Igreja Católica



Gilberto esteve no Vaticano cerca de 50 vezes desde 2013, quando se elegeu para presidir a Frater. Ele se reúne com o Papa Francisco cerca de seis vezes ao ano. Já encontrou Bento 16 pelo menos 30 vezes, e chama João Paulo 2º de homem santo. A Frater foi criada na época de João Paulo 2º. Foto: Obra de Maria/divulgação 
Gilberto esteve no Vaticano cerca de 50 vezes desde 2013, quando se elegeu para presidir a Frater. (Foto: Obra de Maria/Divulgação)


Filho de um marceneiro e uma dona de casa. Natural de Boca de Dois Rios, comunidade que fica na divisa entre os municípios de Surubim e Bom Jardim, no interior do estado. Nascido com ajuda de uma parteira, numa Sexta-feira da Paixão, no dia 12 de abril de 1968. Carismático, sorridente e cristão. Um homem que circula entre os corredores suntuosos do Vaticano, na Itália, e as estradas de chão batido da África. A descrição é de Gilberto Gomes Barbosa, 49 anos. Hoje, o “matuto” do Agreste pernambucano é um dos organizadores do Jubileu de Ouro da Renovação Carismática, que terá início a partir do dia 31, em Roma, a capital italiana. Gilberto ocupa o mais alto posto que um leigo poderia ter na hierarquia da Igreja Católica como presidente da Fraternidade Internacional das Novas Comunidades de Vida e Aliança de Direito Pontífico (Frater). Ele é o primeiro brasileiro a exercer essa função e está no segundo mandato.

Essa é a história do leigo de maior influência da Igreja Católica no mundo, que se encontra com o papa cerca de seis vezes ao ano, representa aqueles que se sentam nos bancos da Igreja e seguem o mesmo credo. A Frater foi criada pelo Conselho Pontifício para os leigos, em novembro de 1990, com o objetivo de integrar cerca de três mil novas comunidades ligadas à Renovação Carismática Católica do mundo. No Brasil, estima-se uma população de católicos carismáticos de 3,8 milhões, todos influenciados pelo pernambucano.


Gilberto usa uma medalha no peito com a imagem do Cristo Crucificado no Calvário, ao lado de Maria e o discípulo João aos pés da cruz. De forma tímida, ele aperta as mãos ao contar as histórias de Deus, fixa os olhos para o alto, como se estivesse sonhando, e sorri como se fosse menino do interior. A receita para não se perder entre a suntuosidade do Vaticano e as missões que realiza na África, através da Obra de Maria, do qual é fundador, é simples: dedicação ao que ele chama de “mistério do sofrimento”. Ao longo da vida, Gilberto já se encontrou com três papas - João Paulo 2º, Bento 16 e Francisco. Fez cerca de 50 viagens ao Vaticano, desde 2013, e já visitou a África aproximadamente 50 vezes.

“O mesmo carinho que eu vou para um hotel cinco estrelas, eu sinto quando durmo no chão da África, sem luz, sem água encanada. Eu amo a África. O mesmo avião que eu saio daqui para ir a Roma, vou com a mesma felicidade à África”, conta Gilberto, que conversou por quase duas horas com a equipe do Diario, na sede da Obra de Maria que fica na Várzea, Zona Oeste do Recife. Lá, naquele bairro, ele começou o ministério que o tornou conhecido no Brasil e no mundo, no início da década de 1990.

A Obra de Maria surgiu num casarão da Várzea, de cores azul e branco, como as do manto da mãe de Jesus, e hoje se estendeu para 17 países, entre eles, Moçambique, Costa do Marfim, Angola e Cabo Verde. A instituição foi fundada por Gilberto com ajuda de Maria Salomé, co-fundadora, cerca de cinco anos depois que ele começou a frequentar a Canção Nova, no município de Paulista. O religioso passava de ônibus quando avistou o casarão que não tinha sequer portas e resolveu que, ali, seria um espaço para servir a Deus. Todas as modificações no imóvel aconteceram de forma quase milagrosa. A Obra de Maria tem cerca  de 2,7 mil missionários e é expoente da Renovação Carismática de Pernambuco.


Fonte: www.diariodepernambuco.com.br

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