quinta-feira, 2 de maio de 2019

Polícia prende quadrilha que assaltava empresas e casas e vendia os objetos em mercado popular


Televisores, mochilas, capacetes, joias e equipamentos eletrônicos foram apreendidos durante a Operação Mercenários, no Grande Recife — Foto: Polícia Civil/Divulgação 
Os objetos roubados eram comercializados em Mercado Popular no Centro do Recife. 
(Reprodução: Internet)

Integrantes de uma quadrilha suspeitos de praticar assaltos a empresas e residências com uso de violência foram presos pela Operação Mercenários, realizada no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, o grupo, que era comandado por um presidiário, vendia os objetos roubados em um mercado popular no Centro da capital pernambucana. 

As informações sobre a Operação Mercenários foram repassadas nesta quinta-feira (2), durante entrevista coletiva, no Recife. Com o grupo, a polícia encontrou objetos roubados nas ações, que foram reconhecidos pelos proprietários. 

Entre eles estão joias, bijuterias, seis computadores, sete televisores, 13 celulares, câmeras fotográficas, filmadoras e até pneu e ventiladores. Também foram encontrados capacetes, mochilas, roupas, relógios e bolsas femininas. 

“Eles não tinham compradores certos. Faziam a divisão dos objetos roubados e costumavam vender nas proximidades do Cais de Santa Rita, como se fossem camelôs”, informou o delegado João Leonardo, do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri). 

Realizada entre março e abril deste ano, a operação prendeu quatro homens, todos com passagens anteriores pela polícia, por crimes como roubos e homicídios. Eduardo dos Santos, André Lucas Ferreira Diogo, Ednaldo Alexandro dos Santos e Zaqueu da Silva foram autuados por roubo majorado e associação criminosa. 

A polícia também identificou e autuou o presidiário Wellington Marcolino da Silva, que liderava a quadrilha, de dentro de uma unidade no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. Na operação, foram apreendidos um revólver e munições. 

João Leonardo informou que o grupo repassava ao chefe do bando, por celular, informações sobre os valores arrecadados nas ações criminosas. 

“Apreendemos um celular no presídio e encontramos essas prestações de conta. Em alguns momentos, os criminosos chegam a reclamar que arrecadaram menos dinheiro do que esperavam”, comentou. 

A operação teve início após uma investida ocorrida em uma granja no município de Camaragibe, no Grande Recife, no dia 10 de março. 

“Eles agiram com muita violência, renderam os funcionários durante 40 minutos e durante todo o tempo fizeram ameaças e apontaram armas para as vítimas”, afirmou o delegado. 

João Leonardo contou que todos foram reconhecidos pelas vítimas. “Uma das pessoas que foi ameaçada durante o assalto em Camaragibe chorou, na delegacia, ao ver a arma do crime”, comentou. 

Além de ação em Camaragibe, a polícia atribui ao grupo crimes em estabelecimentos comerciais de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, e de Moreno, na Região Metropolitana, além de uma casa, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 

“Eles analisavam a rotina desses empresários e comerciantes e conseguiam informações sobre a situação financeira deles para saber as quantias movimentadas. Essas informações eram repassadas ao chefe do grupo, no presídio, que determinava as ações”, afirmou o delegado. 

Fonte: g1.globo.com/pe/pernambuco

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