quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Após audiência pública, Penitenciária de Itaquitinga continua sem prazos e com muitas incertezas


 
Além de não está concluída, a obra está abandonada, e segue sem previsão de conclusão.
(Reprodução: Internet)

Audiência pública conjunta das Comissões de Constituição e de Administração Pública da Assembleia Legislativa para esclarecer o motivo da paralisação e medidas do governo estadual para concluir a Penitenciária de Itaquitinga, na Mata Norte, acabou jogando, nesta quarta-feira (19), mais incertezas no processo de Parceria Público-Privada (PPP) entre o Estado e o consórcio Reintegra Brasil S/A, encabeçada pela Advance Construtora Ltda, acusada de abandonar a obra em 2012. A audiência acabou sem previsão de prazos para uma solução do impasse jurídico, conclusão total e operação da obra pagamento dos débitos com os fornecedores. 

Em ação surpresa, a oposição revelou cópia da prorrogação de apólice de seguro de janeiro de 2013, no valor de R$ 35,8 milhões, pela JMalucelli Seguradora, tendo como segurada a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), que previa a cobertura para o caso de inadimplência pelo consórcio construtor – o que ocorreu –, mas que não foi executada pelo Estado, que poderia ter utilizado o dinheiro para a conclusão da PPP.

Em nome do governo, o secretário de Justiça, Pedro Eurico, há oito meses no cargo, também foi surpreendido com a revelação da suposta contratação do escritório de advocacia Norões e Azevedo Associados, para mediar a transferência de ações e substituição da Advance pela DAG Construtora, após a interrupção da obra. Um dos sócios do escritório é o advogado licenciado e então procurador-geral do Estado (PGE), Thiago Norões.

Nos dois casos, Eurico disse que desconhecia os documentos e informações e que o processo de caducidade da obra, aberto pelo governador Paulo Câmara (PSB), está levantando toda a documentação da PPP. “Não tenho conhecimento ainda de todos os fatos, nem sou da equipe que prepara a caducidade”, afirmou.

Atual secretário de Desenvolvimento, Thiago Norões, por telefone, negou que o escritório tenha negociado a tentativa de troca de empresas em 2012. “Refuto categoricamente. Em 2011 me licenciei para assumir a PGE. Em momento algum o escritório atuou na mediação Estado, DAG e Advance”, disse. Norões, porém, confirmou o seguro para cobrir a obra, mas revelou não lembrar dos termos. “Examinei a apólice mais antiga, que cobria tudo. Não lembro, mas o beneficiário devia ser o Estado. Não tenho informação (sobre a razão da não-execução)”, acrescentou.

Fonte: jconline.ne10.uol.com.br

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