quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Incêndio destrói 1 hectare de Mata Atlântica em Bonito, no Agreste



Um hectare de Mata Atlântica na Serra do Rodeadouro foi destruído pelas chamas  
O incêndio destruiu cerca de um hectare de Mata Atlântica na Serra do Rodeadouro, em Bonito.
 (Foto: Leo Motta)

Três dias após uma queimada tomar conta de uma área de Mata Atlântica na Serra do Rodeadouro, no Agreste, os bombeiros chegaram ao local e conseguiram por fim às chamas. O verde, localizado às margens da PE-103 e a 8km do centro de Bonito, no coração de um dos mais importantes pontos de ecoturismo do Estado, ficou destruído. Para conter o fogo foram mobilizadas corporações de Bezerros e Caruaru, distantes 47,9km e 63km, respectivamente.
 
Jadielson Francisco da Silva, 21 anos, foi um dos moradores de Bonito a acionar os bombeiros no fim de semana. Não teve sucesso. “Falaram que não tinham viatura para mandar. Víamos o fogo desde às 16h de domingo e ninguém fez nada. Esse verde daqui há um tempo já não vai existir mais”, previu. A diretora de licenciamento ambiental do município, Jaidenize Viana, reconhece que a distância para a base do Corpo de Bombeiros dificulta o trabalho.

“Estamos atentos a qualquer labareda, mas fazemos o mesmo que a população, que é chamar os bombeiros. Não temos contigente aos fins de semana, mas estamos de prontidão nos demais dias. E sempre que os bombeiros precisam de reforço, acionamos”, justificou a diretora. 
 
Diferentemente de Taquaritinga do Norte, no Agreste pernambucano, que teve cinco hectares de vegetação destruídos por um incêndio criminoso que perdurou por sete dias na cidade, a cidade de Bonito, também no Agreste, teve pouco menos de um hectare perdido, conforme estimativa dos bombeiros.

Uma viatura com seis homens foi enviada, na tarde de ontem, ao lugar, na tentativa de debelar as chamas. “Felizmente, nenhuma mobilização semelhante a de Taquaritinga foi preciso. Não precisamos pedir carro-pipa, reforço de voluntários ou da Defesa Civil. Acreditamos que ainda hoje (ontem) vamos conter as chamas”, afirmou o capitão do 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros, Cledjones Gomes, responsável pela operação. Antes de enviar a viatura, eles inspecionaram o local para identificar a dimensão do incêndio.
 
Consequências
 
Embora as chamas tenham consumido uma área em Bonito inferior a de Taquaritinga do Norte, isso não ameniza em nada as consequências para a biodiversidade. Integrante da diretoria da Associação Ecológica de Cooperação Social (Ecos Brasil), Alexandre Moura atesta que essa “perturbação humana”, traz consequências, muitas vezes, irrecuperáveis para a natureza: as queimadas empobrecem o solo, prejudicam a flora, compromete a fauna endêmica da região, além de fragmentar ainda mais o habitat natural dos animais. “E a falta de educação ambiental só piora ainda mais a situação.

Quando não é proposital, as pessoas têm a mania de queimar indiscriminadamente o solo para prepará-lo para a agricultura ou queimar lixo em área de mata. E em época de estiagem, qualquer brasinha é um perigo”, alerta.
 
Fonte: www.folhape.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário