
O aumento dos casos de dengue no país, que passaram de 62,9 mil nas primeiras 11
semanas de 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano. (Reprodução: Internet)
O sistema de vigilância de estados e municípios e toda a
população devem reforçar os cuidados para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor
da dengue, zika e chikungunya. O alerta do Ministério da Saúde é devido ao
aumento dos casos de dengue no país, que passaram de 62,9 mil nas primeiras 11
semanas de 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano (até 16 de março). A
incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de
habitantes, tem taxa de 109,9 casos/100 mil habitantes até 16 de março deste
ano. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 67%, sendo grande
parte no estado de São Paulo.
O secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde,
Wanderson Kleber, reforça que a melhor forma de evitar o agravamento e as
mortes por dengue é com diagnóstico e tratamento oportunos. “O Brasil vem de
dois anos seguidos com baixa ocorrência de dengue, portanto é necessário que os
profissionais de saúde estejam atentos a esse aumento de casos. É preciso que
eles estejam mais sensíveis e atentos para a dengue na hora de fazer o
diagnóstico. Quanto mais cedo o paciente for diagnosticado e der início ao
tratamento, menor o risco de agravamento da doença e de evoluir para óbito”,
explica Wanderson.
Ainda de acordo com o secretário, apesar do aumento
expressivo no número de casos, a situação ainda não é considerada uma epidemia.
No último ano de epidemia no país, em 2016, foram registrados 857.344 casos da
doença no mesmo período. Contudo, ele reforça que é preciso intensificar as
ações de combate ao Aedes aegypti para
que o número de casos de dengue não continue avançando no país.
Alguns estados têm situação mais preocupante, por
apresentarem alta incidência da doença, ou seja, estão com a incidência maior
que 100 casos por 100 mil habitantes: Tocantins (602,9 casos/100 mil hab.),
Acre (422,8 casos/100 mil hab.), Mato Grosso do Sul (368,1 casos/100 mil hab.),
Goiás (355,4 casos/100 mil hab.), Minas Gerais (261,2 casos/100 mil hab.),
Espírito Santo (222,5 casos/100 mil hab.) e Distrito Federal (116,5 casos/100
mil hab.).
A região Sudeste apresentou o maior número de casos prováveis
(149.804 casos; 65,4 %) em relação ao total do país, seguida das regiões
Centro-Oeste (40.336 casos; 17,6 %); Norte (15.183 casos; 6,6 %); Nordeste
(17.137 casos; 7,5 %); e Sul (6.604 casos; 2,9 %). As regiões Centro-Oeste e
Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, com 250,8 casos/100 mil hab.
e 170,8 casos/100 mil hab., respectivamente.
Em relação aos óbitos, os profissionais devem ficar atentos.
O aumento neste ano é de 67% em relação ao mesmo período de 2018, passando de
37 para 62 mortes. Destaque para o estado de São Paulo, que registrou 31
óbitos, o que representa 50% do total registrado em todo o país.
Fonte: portalms.saude.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário